quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Tendências globais nos relatórios de sustentabilidade

*Por redação da Revista Idéia Socioambiental
Os melhores documentos, segundo portal especializado, são os que conseguem destacar, com equilíbrio, as informações mais relevantes para uma análise da evolução das práticas.

A cada ano, os relatórios de sustentabilidade adquirem maior importância na comunicação das empresas, contribuindo para gerar credibilidade entre os públicos de interesse a partir da divulgação dos compromissos e das práticas de responsabilidade social das empresas. Esta é uma das conclusões extraídas de dois estudos recentemente divulgados pela CorporateRegister.com, um portal fundado em 1998, que promove a adoção de relatórios corporativos sustentáveis, disponibilizando gratuitamente aos usuários mais de 16.000 documentos.

No Global Winners & Reporting Trends (Vencedores Globais e Tendências em Relatórios), o portal avaliou os melhores relatórios publicados em 2007, destacando os mais bem elaborados e indicando as perspectivas para o futuro. Números do estudo não deixam nenhuma dúvida quanto à evolução do interesse pela divulgação de dados intangíveis nos negócios. Em 1992, foram publicados apenas 27 relatórios de sustentabilidade. Em 2007, as empresas produziram 2.500 documentos, em resposta a uma valorização, por parte do mercado, do report do chamado triple bottom line, o equilíbrio entre os resultados econômico-financeiros, os ambientais e os sociais.

Além de premiar os melhores, o Global Winners & Reporting Trends apontou algumas tendências claras nos relatórios avaliados. Em sua análise, nos últimos 15 anos, houve uma evolução importante nos conteúdos desses documentos, que pode ser atribuída a vários fatores, entre os quais a ascensão do uso das versões G2 e G3 do Global Reporting Initiative (GRI). Essas diretrizes não só auxiliam na identificação de questões potenciais como facilitam a localização e a comparação de dados. Dos 2.500 relatórios elaborados em 2007, 32% seguiram os padrões GRI. A mesma tendência está se manifestando no Brasil. “Precisamos estabelecer um novo nível de diálogo com o mundo, de uma forma mais transparente. As diretrizes representam um ótimo instrumento para isso devido ao seu reconhecimento mundial”, reforça Gláucia Térreo, coordenadora das atividades do GRI no Brasil.

Apesar de a publicação de relatórios corporativos estar em fase inicial na América do Sul, a região apresenta a maior taxa de relatórios baseados nas diretrizes do GRI. “Até arrisco a dizer que os números brasileiros influenciam essa conclusão. Aqui, temos uma quantidade bem expressiva de relatórios, o que credito ao histórico de atuação de diversas ONGs. Há um caminho aberto de conscientização e de conhecimento técnico”, afirma Gláucia.
Outra tendência apontada pelo estudo é a ascensão dos relatórios online, que oferecem um acesso mais eficaz e consistente a documentos com grande volume de dados. No entanto, os documentos impressos ainda são os mais usuais: apenas 14% das empresas disponibilizaram uma versão para a internet no último ano.

Clique aqui e acesse a matéria completa, publicada no Envolverde.

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